Bicentenário de Anita Garibaldi - 2021
Participei da Comissão Organizadora do Concurso Literário da AJEB-SC
"Anita Garibaldi, uma mulher à frente de seu tempo".
As amigas de Ana chegaram no baile juntas e animadas para dançar. Era um baile da década de oitenta, com banda famosa e as mulheres não pagavam para entrar. Apenas os homens pagavam ingressos.
Na hora que começava as músicas de rock
ou outras mais animadas, todos dançavam juntos no salão. Quando começava a
música “lenta”, aquela de dançar agarradinho, os namorados começavam a dançar,
as mulheres que não queriam arrumar namorados ou eram mais tímidas, corriam
para o banheiro feminino.
Os rapazes sem namoradas ficavam
procurando as moças solteiras para dançar, ou iam para o bar beber com os
amigos.
Geralmente, os pais das moças, estavam
nas mesas com outros casais e observavam as filhas de longe, as que namoravam,
as que queriam namorar e as que fugiam para o banheiro.
Como Ana era um moça mais liberal,
trabalhava como professora, dançava com quem queria, não precisa fugir e nem ir
com seus pais ao baile.
Nesse baile em especial, ela viu José de
longe no bar com os amigos e disse para sua amiga Elzira:
- Olha que “pão”, aquele cara. – Pão
queria dizer “lindo” para as garotas daquela época.
- Qual deles?
- Aquele alto, louro de olhos claros.
Precisamos ir até lá.
Outras amigas foram juntas, compraram
latas de refrigerantes e se aproximaram do grupo de rapazes. Começaram a conversar e fizeram amizades, uns
saíram para dançar outros ficaram conversando animadamente.
Ana e José ficaram se olhando e se
apaixonaram no mesmo instante. Saíram do bar e foram para uma varanda
conversar. E ele disse:
- Parece que te conheço de algum lugar.
Você não é estranha para mim.
- Você também me chamou a atenção,
parece que te conheço também.
Ficaram se olhando e se beijaram. Um
beijo longo, com gosto de saudade. Ficaram abraçados como se namorassem a muito
tempo.
Depois daquele dia, encontraram-se
outras vezes, sempre com a impressão que o amor deles, tinha sido vivido em
outras vidas.
Depois de um tempo de namoro, resolveram
noivar e José levou Ana para conhecer sua família.
Ao chegar na casa, foi recebida com
alegria e todos simpatizaram com Ana.
Seu Armando foi logo mostrando a casa e
o quadro com o brasão da família. Um brasão lindo de uma família Italiana que
começou em Nice, vizinha da Itália. E o sogro foi dizendo:
- Sabia, Ana que minha família tem o
Giuseppe Garibaldi como parente?
- Sério? E Anita faz parte da minha
árvore genealógica, meu nome é uma homenagem a ela.
Assim os enamorados descobririam da onde
se conheciam. A ancestralidade, não falha nunca e o amor para sempre, existe.
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