Livro Mulheres Extraordinárias - Volume 2 (2022)


Participei como coautora do livro Mulheres Extraordinárias - Vol.02 - 
O resgate histórico do legado pela palavra escrita é um projeto editorial 
da Associação de Escritoras e Jornalistas do Brasil – Coordenadoria Rio de Janeiro (AJEB-RJ) 
e será realizado para promoção e divulgação da Cultura Brasileira e Internacional Feminina em
todo o território nacional brasileiro e para leitores lusófonos, em 20 países do
mundo, nos cinco continentes; por isso, será editado e promovido pela Rede
Sem Fronteiras/Letras Graciosas - Portugal.





Grupo de Estudos Literários do Livro
Apresentação em 14/11/22



Rosa Parks

(Por Sissa Moroso)

 

          Nossa biografada é Rosa Louise MacCauley, mais conhecida como Rosa Parks. Ela nasceu em 4 de fevereiro de 1913 no Estado do Alabama, na cidade de Tuskegee que fica no sul dos Estados Unidos. Seu pai era um carpinteiro que chamava-se James MacCauley e sua mãe foi uma professora chamada Leona Edwards.

         Quando tinha dois anos, mudou-se com sua mãe para Pine Level, cidade na região metropolitana de Montgomery, a capital do Alabama, pois seus pais haviam se separado. Lá ela estudou em escolas rurais.

          Com 11 anos, ingressou na Montgomery Industrial School for Girls. Em seguida, estudou na Alabama State Teacher’s College High School. Com a doença de sua avó e em seguida de sua mãe, Rosa foi obrigada a abandonar seus estudos. Passou a trabalhar como costureira para ajudar nas despesas da casa.

         Durante a infância, Rosa já presenciava a segregação racial existente no sul dos Estados Unidos, uma vez que, para ir ao colégio, ela não podia pegar os ônibus escolares, pois eles eram dedicados exclusivamente aos estudantes brancos. Ela relata que essa experiência foi uma das primeiras que a fizeram perceber as diferenças no tratamento de brancos e negros. Ao longo de sua juventude, ela foi acumulando outras experiências ruins causadas pelo racismo.

        Aos 19 anos, em dezembro de 1932, casou-se com Raymond Parks, que trabalhava como barbeiro. O marido de Rosa - agora com sobrenome Parks, a incentivou a finalizar seus estudos e, em 1934, concluiu o Ensino Médio.

        O seu casamento fez com que Rosa se envolvesse com as atividades promovidas pelo NAACP. Ela atuou no apoio ao caso dos Scottsboro Boys, um grupo de nove negros acusados falsamente de terem estuprado uma mulher dentro de um trem em 1931. Na década de 1940, Parks tornou-se uma militante ativa, assumindo o cargo de secretária.

          Era comum naquela época, que uma mulher negra ficasse escondida e em segundo plano quando próxima de uma mulher ou homem branco em algum ambiente público ou até mesmo na rua. Mas em 1 de dezembro de 1955, Parks fez história, sendo considerada uma grande ativista negra norte-americana, que foi símbolo do movimentos dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, assim como Martin Luther King, em 1965.

 Nesse dia, Rosa sentou-se num ônibus num lugar reservado aos brancos e se negou a dar lugar a um homem branco. Ela continuou sentada, mesmo com pedido do motorista e, por isso, chamaram a polícia.

         Rosa Parks foi detida e levada para a prisão por violar a lei de segregação do código da cidade de Montgomery apesar de não estar sentada nas primeiras cadeiras. No dia seguinte, Rosa foi solta depois que teve a fiança paga por Edgar Nixon, presidente da NAACP e por seu amigo Clifford Durr.

         Esse fato, fez com que toda comunidade negra se sentisse mais perto da igualdade e ela se tornou referência na luta antirracista, do seu povo tão sofrido pelo preconceito racial. Sua atitude motivou boicote dos negros que passaram a não utilizar ônibus para irem ou voltarem do trabalho, gerando diversos protestos em várias cidades do país, fazendo com que as empresas tivessem prejuízo financeiro, e percebessem que os negros tinham fonte de renda e geravam também a economia do país.

        Com esse Movimento Negro, foram estabelecidas as Leis dos Direitos Civis, que trouxeram mais paz e melhorias para todos, mas não resolveu o problema do racismo que ainda existe nesse século.

       Rosa sofreu diversas ameaças de morte e teve dificuldade de conseguir emprego. Em 1957 mudou-se para Detroit, Michigan. Em 1964 tornou-se diaconisa da Igreja Episcopal Metodista Africana (AME).

Em 1992, Rosa publicou sua autobiografia, “Rosa Parks: MY Story”. Em 2002, ficou viúva e com dificuldades financeiras, Rosa foi despejada de seu apartamento. Com a grande comoção nacional, Rosa recebeu ajuda da igreja batista Hartford Memorial, e o perdão da dívida pelo banco.

Rosa Parks faleceu em Detroit, Michigan, Estados Unidos, no dia 24 de outubro de 2005, nesse dia eu fazia 40 anos e assisti todas as honrarias, que ela merecidamente recebeu.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Portfólio de Sissa Moroso

O menor casal do mundo é separado

Gentil do Orocongo