Livro Mulheres Extraordinárias - Volume 2 (2022)
(Por Sissa Moroso)
Nossa biografada é Rosa Louise MacCauley, mais conhecida como Rosa Parks. Ela nasceu em 4 de fevereiro de 1913 no Estado do Alabama, na cidade de Tuskegee que fica no sul dos Estados Unidos. Seu pai era um carpinteiro que chamava-se James MacCauley e sua mãe foi uma professora chamada Leona Edwards.
Quando tinha dois anos,
mudou-se com sua mãe para Pine Level, cidade
na região metropolitana de Montgomery, a capital do Alabama, pois seus pais
haviam se separado. Lá ela estudou em escolas rurais.
Com 11 anos, ingressou na Montgomery
Industrial School for Girls. Em seguida, estudou na Alabama State Teacher’s
College High School. Com a doença de sua avó e em seguida de sua mãe, Rosa foi
obrigada a abandonar seus estudos. Passou a trabalhar como costureira para
ajudar nas despesas da casa.
Durante a infância, Rosa
já presenciava a segregação racial existente no sul dos Estados Unidos, uma vez
que, para ir ao colégio, ela não podia pegar os ônibus escolares,
pois eles eram dedicados exclusivamente aos estudantes brancos. Ela relata que
essa experiência foi uma das primeiras que a fizeram perceber as diferenças no
tratamento de brancos e negros. Ao longo de sua juventude, ela foi acumulando
outras experiências ruins causadas pelo racismo.
Aos 19 anos, em dezembro de 1932, casou-se com Raymond Parks, que
trabalhava como barbeiro. O marido de Rosa - agora com sobrenome Parks, a
incentivou a finalizar seus estudos e, em 1934, concluiu o Ensino Médio.
O seu casamento fez com que Rosa se envolvesse com as atividades
promovidas pelo NAACP. Ela atuou no apoio ao caso dos Scottsboro Boys,
um grupo de nove negros acusados falsamente de terem estuprado uma mulher
dentro de um trem em 1931. Na década de 1940, Parks tornou-se uma militante
ativa, assumindo o cargo de secretária.
Era comum naquela época, que uma mulher negra ficasse escondida e em segundo plano quando próxima de uma mulher ou homem branco em algum ambiente público ou até mesmo na rua. Mas em 1 de dezembro de 1955, Parks fez história, sendo considerada uma grande ativista negra norte-americana, que foi símbolo do movimentos dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, assim como Martin Luther King, em 1965.
Nesse dia, Rosa sentou-se num ônibus num lugar reservado aos brancos e se negou a dar lugar a um homem branco. Ela continuou sentada, mesmo com pedido do motorista e, por isso, chamaram a polícia.
Rosa Parks foi detida e levada para a prisão por violar a lei de segregação do código da cidade de Montgomery apesar de não estar sentada nas primeiras cadeiras. No dia seguinte, Rosa foi solta depois que teve a fiança paga por Edgar Nixon, presidente da NAACP e por seu amigo Clifford Durr.
Esse fato, fez com que toda comunidade
negra se sentisse mais perto da igualdade e ela se tornou referência na luta
antirracista, do seu povo tão sofrido pelo preconceito racial. Sua atitude
motivou boicote dos negros que passaram a não utilizar ônibus para irem ou
voltarem do trabalho, gerando diversos protestos em várias cidades do país, fazendo
com que as empresas tivessem prejuízo financeiro, e percebessem que os negros
tinham fonte de renda e geravam também a economia do país.
Com esse Movimento Negro, foram
estabelecidas as Leis dos Direitos Civis, que trouxeram mais paz e melhorias
para todos, mas não resolveu o problema do racismo que ainda existe nesse
século.
Rosa sofreu diversas ameaças de morte e
teve dificuldade de conseguir emprego. Em 1957 mudou-se para Detroit, Michigan.
Em 1964 tornou-se diaconisa da Igreja Episcopal Metodista Africana (AME).
Em 1992, Rosa publicou sua
autobiografia, “Rosa Parks: MY Story”. Em 2002, ficou viúva e com dificuldades
financeiras, Rosa foi despejada de seu apartamento. Com a grande comoção
nacional, Rosa recebeu ajuda da igreja batista Hartford Memorial, e o perdão da
dívida pelo banco.
Rosa Parks faleceu em Detroit, Michigan, Estados Unidos, no dia 24 de outubro de 2005, nesse dia eu fazia 40 anos e assisti todas as honrarias, que ela merecidamente recebeu.
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