Consciência das Cores

 

CONSCIÊNCIA DAS CORES...

                                                                                                                   (Sissa Moroso, nov/2022)



Novembro é o mês da “Consciência Negra”. E os outros meses? Tem temas e assuntos que devem ser pauta o ano todo, em todos os lugares da sociedade. Na escola, foi obrigado aprovar uma lei para que os professores trabalhassem o tema e os pais aceitassem essa atividade pedagógica.

Nos dias de hoje ainda temos educadores que não trabalham o tema, pais que não querem que os professores trabalhem o assunto. Portanto, existem muitos racistas, alguns velados outros declarados.

Muitos políticos não querem uma população com consciência alguma, pois é mais fácil manipular um povo ignorante de conhecimentos e politicamente analfabeto, parafraseando Brecht: “... Não sabe o imbecil que as sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo ...”

Nosso país é o mais racista do mundo, mesmo tendo a população majoritariamente “parda” e negra, conforme últimos censos. Sempre tivemos racistas e alguns não se declararam, por vários motivos. Mas parece, que de uns anos para cá, os preconceituosos saíram do armário.

Outro dia, estava lendo um livro chamado “óculo de cor, ver e não enxergar”, que tem uma narrativa sobre a branquitude, tema de estudo fundamental nos dias atuais, pois muitas pessoas acham que o branco é superior a outras pessoas de outra cor, como amarela e preta. Outro dia, prenderam pessoas jovens que defendem o nazismo, que tem em sua teoria que os “arianos” é a melhor “raça” do mundo. A autora do livro, a brasileira Lilia Schwarz, diz que o personagem do livro não consegue ‘enxergar’ cores, porque enxergar implica num processo difícil e doloroso.

Por isso, a escola tem que trabalhar a diversidade, o ano todo no seu currículo escolar, que não pode ficar oculto, ou escrito apenas no planejamento do professor e não ser colocado na prática escolar cotidiana.

Nunca se escreveu tanto sobre cultura afroindígena brasileira, com objetivo da ampliação da luta antirracista na escola e na sociedade, para a redução das desigualdades raciais, desse país, tão miscigenado e preconceituoso. Muitos apontam o dedo, esquecendo que tem mais dedos apontados para si mesmo, infelizmente, esquece da sua ancestralidade.

Nos dias atuais escutamos expressões racistas do tempo da escravidão, todos os dias as leis são descumpridas, a falta de empatia impera na sociedade.

Vamos todos lutar por um mundo melhor, com mais amor, por favor!

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