Consciência das Cores
CONSCIÊNCIA DAS CORES...
Novembro é o mês da “Consciência
Negra”. E os outros meses? Tem temas e assuntos que devem ser pauta o ano todo,
em todos os lugares da sociedade. Na escola, foi obrigado aprovar uma lei para
que os professores trabalhassem o tema e os pais aceitassem essa atividade
pedagógica.
Nos dias de hoje ainda
temos educadores que não trabalham o tema, pais que não querem que os
professores trabalhem o assunto. Portanto, existem muitos racistas, alguns
velados outros declarados.
Muitos políticos não
querem uma população com consciência alguma, pois é mais fácil manipular um
povo ignorante de conhecimentos e politicamente analfabeto, parafraseando
Brecht: “... Não sabe o imbecil que as sua ignorância política nasce a
prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político
vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo ...”
Nosso país é o mais
racista do mundo, mesmo tendo a população majoritariamente “parda” e negra,
conforme últimos censos. Sempre tivemos racistas e alguns não se declararam,
por vários motivos. Mas parece, que de uns anos para cá, os preconceituosos saíram
do armário.
Outro dia, estava lendo
um livro chamado “óculo de cor, ver e não enxergar”, que tem uma narrativa
sobre a branquitude, tema de estudo fundamental nos dias atuais, pois muitas
pessoas acham que o branco é superior a outras pessoas de outra cor, como
amarela e preta. Outro dia, prenderam pessoas jovens que defendem o nazismo,
que tem em sua teoria que os “arianos” é a melhor “raça” do mundo. A autora do
livro, a brasileira Lilia Schwarz, diz que o personagem do livro não consegue ‘enxergar’
cores, porque enxergar implica num processo difícil e doloroso.
Por isso, a escola tem
que trabalhar a diversidade, o ano todo no seu currículo escolar, que não pode
ficar oculto, ou escrito apenas no planejamento do professor e não ser colocado
na prática escolar cotidiana.
Nunca se escreveu tanto
sobre cultura afroindígena brasileira, com objetivo da ampliação da luta
antirracista na escola e na sociedade, para a redução das desigualdades raciais,
desse país, tão miscigenado e preconceituoso. Muitos apontam o dedo, esquecendo
que tem mais dedos apontados para si mesmo, infelizmente, esquece da sua
ancestralidade.
Nos dias atuais escutamos
expressões racistas do tempo da escravidão, todos os dias as leis são descumpridas,
a falta de empatia impera na sociedade.
Vamos todos lutar por
um mundo melhor, com mais amor, por favor!
Parabéns pela crônica!!!
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